O acadêmico e escritor, Amarildo Brilhante trouxe
ao público araçatubense a oportunidade de desfrutar de uma temática que todos
apreciam: o amor. Sua obra do gênero poesia, lançada em 21 de fevereiro de 2014,
no MAAP, foi publicada pela Editora Somos. O poeta ao falar de amor em sua obra
traz à baila os tipos de amor, a saber, o “eros” e o “ágape”.
Nos dizeres do prefaciador Hélio Consolaro há um
título que se apresenta por si onde o amor é conceituado, vivido e testemunhado
e Brilhante se posiciona como um poeta do “status quo”, o leitor vai encontrar
em seus poemas reflexões do interior se interagindo com o exterior. Brilhante é
resultado da liberdade linguística herdada com o Modernismo, logo, o verso
livre, o metro livre, as temáticas cotidianas vão se fazer presente em sua obra
poética. Em se tratando de um dos maisemblemáticos
poetas da nossa literatura Carlos Drummond de Andrade deu início a sua carreira
literária com o livro Alguma Poesia (1930), fazendo uma tiragem de 500
exemplares, com recurso próprio, com poucas páginas, poucos poemas. Brilhante,
com sua obra Amor Dom Maior (2014), parece ter-se espelhado em Drummond, poeta
do qual é admirador. Sua obra também teve uma tiragem de 500 exemplares, foi
lançado com recurso próprio e que lhe rendeu portas dentro da carreira
literária, entre elas o ingresso à Academia Araçatubense de Letras. Todavia,
Brilhante não ambiciona ser um Drummond. Interessante do ponto de vista das
coincidências, nada mais. Um adjetivo que bem resume este raciocínio: “legal”.
Quiçá, um dia tenhamos um brilhante abrilhantando no cenário nacional e
mundial.
O poeta araçatubense adotou o uso
de versos livres e a intertextualidade, esta recorrente entre um verso e outro.
Tornou-se uma marca fazendo, entretanto, referência aos grandes poetas do Modernismo
brasileiro, sendo eles: Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade e João
Cabral de Melo Neto. Para falar de amor é preciso sensibilidade, pois amor é
sinônimo de sensibilidade, e sem ela é praticamente impossível se fazer poesia.
O amor é fundamental tanto para a vida do indivíduo quanto para a composição
poética, embora, as pessoas pareçam ter esfriado para o amor. O poeta tem uma
postura dialógica diante do mundo que o cerca e a poesia e a arte são
expressões subjetivas das quais o poeta se vale. Em alguns de seus poemas o
poeta rompe com a uniformidade dos pronomes de tratamentos e se vale da licença
poética criando o poema “Confusão de Pronomes” para justificar a
irregularidade.
Os dois tipos de amor, no idioma grego antigo, são
tema dos 25 poemas do livro. Classificação que surge consoante o sentimento se
manifeste. O “ágape” é sinônimo de divino, de um afeto transcendental, já o
“eros” refere-se ao carnal aquele que instiga o homem e a mulher. A coleção de
poemas agrada aqueles que tem sintonia com o belo, o amor e a paz. Vale a pena
ler a obra, um verdadeiro canto ao amor.
No comentário da leitora Rebeca Machado Carneiro
ela pontua dizendo: “Um livro com poemas encantadores que aguçam a curiosidade
do leitor à cada página. O autor aborda o amor e suas diversas faces e formas,
o que faz com que nos vejamos por diversas vezes em seus poemas. Entre todos os
poemas, ressalto o meu favorito “Quem sabe outra vez”. Um ótimo livro, que vale
a pena ser lido mais de uma vez! Já o leitor Sérgio Ricardo Martos Evangelista mencionou:
“De uma só vez li o seu livro de poemas com o intuito de captar as diferentes
maneiras de amar. "Confusão de Pronomes" foi o poema do
qual mais gostei. A metalinguagem, as relações do "marfim"
(gramática) com o pulsar dos sentimentos. "Admiração" retrata o amor
em potência, que pode transformar-se em ágape ou em
eros. "Drogas" é o amor ao futuro. A experiência de vida
confrontando as ilusões de ótica trazidas pela ‘vidaloka’”. Tão logo, não deixe
meu amigo, minha amiga de apreciar esta obra literária.
Amarildo Clayton Godoi Brilhante, é escritor e membro
da Academia Araçatubense de Letras. Autor do livro Amor Dom Maior.
E-mail: amarildo.brilhante@fatec.sp.gov.br