03/06/2016

A Morte




Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Morte! Ó morte! Que cedo ou tarde venha, final da existência humana, pouco importando os seus sinônimos. Ao de cujus querem os vivos arrumar lá seus eufemismos. Nos velórios o que se ouve sempre é: ele descansou, foi para um lugar melhor... Palavras de consolo, apenas. Mas seja lá um passamento, óbito ou falecimento, no fundo no fundo todos querem seu adiamento a não ser que o muito sofrimento peça-lhe um adiantamento sem troco nem pagamento.

Vida e morte caminham lado a lado. Dentro da magnitude do processo da existência humana existe apenas uma linha tênue entre ambos. Primeiro a vida, segundo a morte. Surge, evolui, dá seus ares de graça, segue seu curso natural. Já o envelhecer é sorver-se da morte a passos lentos. Esta ordem natural intrínseca haveria como mudá-la? Talvez, não.

Em se pensar nela, por si só coisa boa pode não ser, pois bate aquele estranho sentimento. Não nos importa como: morte é morte. Ausência de vida. A carne passa com suas vaidades. Tudo é passível de morte. Os homens, as plantas, os rios, os animais, os sentimentos, os sonhos, tudo está passível. Princípio e fim. Pouco importando se abstrato ou concreto. Quantas consciências vencidas pelo espírito da morte? Encontram-nas em meio ao caos. Em vida enterram-se vencidas pela balbúrdia, pela imoralidade, pelos convites enganosos conduzindo-se ao cativeiro. Enfim, morte. Silenciosa. Pouco a pouco. 

Morte é o passaporte carimbado da partida. É o veneno que não queremos tomar. Passagem pro além, processo irreversível, tal como a chegada. Alguns, são cartas marcadas. Há uma sina quer na chegada quanto na saída. Assim que chegam dão seu último suspiro. Derradeira partida. Pronto lá está sua partida anotada em seu prontuário. Por demais triste. Tão cedo, as razões extrassensoriais, ninguém sabe ao certo.

Morte é o rebento para a eternidade. Ela nem sempre representa o fechamento, mas às vezes a possibilidade de recomeçar, como por exemplo: a falência de uma empresa ou o término de um namoro. Intercorrências espontâneas da vida.

A morte nem sempre representa o fim. É preciso celebrá-la como uma passagem. Veja a vida eterna. Não tê-la-ia quem não desgarrar-se da matéria corporal. Um novo começo. A semente precisa morrer para que a planta surja. O enterro de um casamento pode ser a oportunidade de algo especial até então nunca vivenciado. É o novo surgindo onde não havia esperança de luz. Ou ainda a perda de um emprego impulsionando a um salto qualitativo e quantitativo, o sucesso.

Em meio a desgraça da morte, às vezes, é possível ganhar. Vede lá as sedentas funerárias. A morte lhes é lucro certo. Se alimentam dos corpos cadavéricos. A herança não se achega ao vivo enquanto não houver uma partida. Ainda que se seja um cético, entre as muitas dúvidas, a única certeza: o dia da partida poderá tardar, mas há de chegar.  

Morte é mais que uma simples encrenca à máquina humana. Põe fim aos sonhos, produz estranhamentos, conduz ao ostracismo em vida.  

Morte é mais que um alistamento esperado. E querendo ou não todos estão previamente escalados e quando menos se espera cada um há de assumir sua titularidade.

E entre as oitenta e oito constelações, nesse imenso universo, é possível um dia tornar-se uma estrela? Há esperanças de vida não se sabe como, nem onde do outro lado da vida, se da carne a morte terrena finda. Aguardemos, então até o porvir.
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  


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19/05/2016

Cultura de Todos: Araçatuba, com jeito de metrópole

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Vista do Calçadão de Araçatuba. Varal Literário. Dia da poesia. Em março de 2016, o Calçadão de Araçatuba estava agitadíssimo culturalmente...

03/05/2016

Cidadania





                                                                                                                         Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Há pessoas cujas ações tornam-se memoráveis e por isso são especiais por aquilo que fazem em seu meio social. A pessoa exercente é aquela que se mobiliza, principalmente, em favor de outros. Tal atitude confere a ela algo de especial. O cidadão protagonista é elemento fundamental dentro de uma sociedade.

O exercício de cidadania se dá a partir de nossa casa e vai tornando-se extensivo com simples atitudes como: varrer a calçada, fazer a devida lacração do lixo, não deixar cachorros soltos na rua, não cortar árvores boas sem nenhum critério, não esbanjar água, não esbanjar energia elétrica, não jogar lixo na rua, não quebrar placas de sinalização, não quebrar vidros na rua, não fazer pichações, não destruir patrimônio público; conservar a escola pública, cuidar de uma praça abandonada da qual a prefeitura não está em condições de fazer, providenciar uma sinalização a fim de evitar acidentes de veículos que passam pela via, participar de mutirões como o combate contra a dengue,  etc.; são ações em que o fazer encontra-se em poder de todos, a saber: do mais novo ao mais velho, do mais pobre ao mais rico, do menor ao maior.

Ações positivas provocadas pelo cidadão são sempre bem-vindas, válidas e de extrema importância, uma vez que traz mudança significativa no cenário de uma comunidade, cidade ou um país. Como foi o caso do fim do nepotismo. Ocorreu por intermédio duma ação de iniciativa popular.

Dentro de um Estado de Direito, o princípio democrático enuncia que cidadania é o gozo dos direitos civis e políticos onde devemos desempenhar nossos deveres.  A cidadania é constituída através de cada indivíduo. São pessoas conscientes de seu papel individual e social que contribuem automaticamente. Dezenas de milhares estão assim fazendo a sua parte no anonimato. Lucramos se cada cidadão brasileiro fizer a sua parte com eficiência. Agora que este ou aquele cidadão exercente é portador de um diferencial, ah!, é, sim!

Um princípio basilar para o exercício de muitos direitos é o conhecimento. Este ser exercente, o cidadão consciente, sabe situar os interesses de um todo acima de seus interesses pessoais e mesquinhos. Contudo, participar, mobilizar e controlar são formas de exercício da cidadania e qualquer pessoa poderá fazer dentro de seu espaço geográfico. Em um aspecto mais amplo que o de ter título de eleitor e ser brasileiro nato ou naturalizado apenas, ser cidadão é estar comprometido, é estar cônscio dos deveres e obrigações. É, sobretudo, não deixar de protagonizar em seu meio social.

Pessoas de espírito aguerrido, dotadas de nobreza de espírito são mobilizadas dentro de seu próprio íntimo e impelidas a transformar o meio em que vivem. Ao contrário das passivas, com espírito lânguido. Pessoas mobilizadas fazem a coisa acontecer, concorrem com interesses da comunidade, agregam pessoas a uma causa coletiva, cobram ações do Poder Executivo a fim de que haja melhorias que somatizam as expectativas de todos.

Enfim, só se alcança o melhor quando as mangas são arregaçadas e as obrigações e deveres não são negligenciados. Fazer vistas grossas e empurrar para o outro não é e nunca foi condizente com o ato de cidadania, mas sim um acovardamento. Levantemos, pois e façamos nem que seja o mínimo dentro de nosso universo, mas façamos, assim, ganharemos todos e construiremos paulatinamente uma nação mais justa, igualitária e fraterna. Liberte-se das amarras da inércia. Seja cidadão de fato e não apenas de direito! Eia, vamos, avancemos! 
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  

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25/04/2016

Qualidade de Vida



                                                                                                                         Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Muitas transformações ocorreram com o passar dos tempos. Muita informação, muito estresse, muita correria, cobranças na empresa, preocupações, relacionamentos comprometidos, família fragmentada.

E uma vez que estamos vivos sempre haverá dias de ocorrência de fatos negativos que produzirão impacto de âmbito direto ou indireto. Porém, a forma como você lida com situações adversas pode repercutir sobremodo. É preciso adotar um estilo de vida que promova sua saúde e bem-estar e, para tal que haja uma percepção aguçada do que se quer, além de planejamento; ambos fundamentais para quem deseja ter qualidade de vida. Independentemente de qualquer fator corrente sua saúde merece cuidados e sua família não pode ser ignorada.

A palavra de ordem é: mude o que for necessário mudar, pois qualidade de vida não é um requisito somenos em nossas vidas. Aspire a qualidade sem comprometer suas atividades laborais. E cuide não só do seu físico, mas também do psicológico. Faça atividades que possam liberar o estresse do cotidiano. Desde uma simples caminhada até um esporte que lhe agrade. O dinheiro não é tudo, assume certa importância, auxilia em certos aspectos, mas é preciso saber viver a vida.

Há quem opte por destruir sua própria saúde por mera liberalidade. Práticas como fumar, beber e se drogar, por exemplo, não figuram na lista de um comportamento saudável, afinal é bom que se saiba que a bebida alcoólica, o cigarro e as drogas não possuem nenhuma substância necessária ao bom funcionamento dos órgãos. Se você faz um mal uso de seu livre-arbítrio, está sendo competente o bastante para cavar o próprio buraco. Escolher a direção equivocada é sempre um agravante.  Entretanto, as pessoas só podem ajudá-lo à medida que você decide ser ajudado.

Gaste um tempo de qualidade consigo mesmo. Valorizar sua saúde, seu bem-estar é extremamente importante. Fuja de práticas inadequadas a mente e ao seu corpo. Crie o senso de respeitar a si mesmo. Examine-se. Faça uma introspecção e corrija o que não está bem em sua vida. Sempre há uma solução mais viável e naquilo que não puder resolver busque auxílio com profissionais para a questão que te incomoda.

Seja disciplinado, pois isto é sinal de equilíbrio. Suas percepções determinam seu sistema de cultura e valores. Logo, seu interior precisa estar de bem com a vida. Padrões financeiros e qualidade de vida não devem vir associados. Preserve sua autoestima, pois seu estado interior é um forte determinante. Estimule-se em busca do que irá corroborar com seu bem-estar. A realização ocorre a partir da sua iniciativa. Dentre tantos fatores não negligencie uma dose significativa de sono. O sono põe a “máquina” para descansar e “carregar as baterias” renovando-nos a cada amanhecer.

Busque o lazer, mas não deixe de atender demandas importantes. Atenda demandas importantes sem deixar de viver. Em sua poética musical Renato Russo já cantava: É preciso saber viver, saber viver! É preciso viver! Que este seja um pensamento imperativo.

Mantenha uma boa alimentação. Faça o que é da sua alçada de modo responsável. A vida é como um jogo, quem não joga fica atrofiado, deslocado, perdido. Trace suas próprias metas, crie as próprias expectativas. Gere ganhos a sua saúde. A melhor condução da sua vida é aquela que você sabe aonde quer chegar. Molde-se e mexa-se! Seja produtivo para que você mesmo ao olhar para trás se dê por satisfeito! E por fim, faça o que te faz bem, respeitando-se o lugar do outro!
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  

Esta publicação pode ser citada ou reproduzida livremente, com a condição de que a sua procedência seja mencionada. 

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05/04/2016

Tropeçar ajuda a caminhar?


                                                                                                                         Amarildo Clayton Godoi Brilhante

Diz-se que Thomas Alva Edison (USA 1847-1931), cientista e inventor  da lâmpada elétrica incandescente teria errado muitas vezes. Não o quisera admitir como erro, mas sim como uma nova possibilidade de acerto. E assim se foi: uma falha na execução aqui outra ali até o fato se consumar. Os tropeços nos levam a aprendizados dos quais dificilmente esqueceremos. A sabedoria popular ventila aos ares que se aprende errando. Um novo aprendizado surgiria então a cada falha. Os tropeços por este viés acabam sendo necessários.  Somos seres humanos e embora não queiramos, um dia erraremos em algum ponto. Não fomos pré-programados a não errar, fomos programados com dispositivos de alerta. Há aqueles que quando caem ficam prostrados e outros ficam mais fortes, mais sabidos e quando se levantam, levantam para vencer utilizando-se de suas experiências. Carecemos de um manual específico a ser seguido, todos precisamos de parâmetros, um norteador para onde podemos ir, seguir e fazer ou não fazer. A Bíblia Sagrada é uma fonte de riquezas que bem aproveitada, é proveitosa por demais tanto ao indivíduo quanto a sociedade.

Os tropeços nos fazem despertos a não fazê-lo novamente. Tropeçar pode significar a priori uma involução, um descer degraus para depois, a posteriori, uma evolução, um voltar a subir. Nem sempre subimos quando e na intensidade que desejamos. Tropeços em certos aspectos acabam tornando-se necessário, fazem parte do nosso caminhar. Há vencedores que surgem das cinzas. Está escrito: as coisas loucas são postas a fim de confundir as sábias vez por outra. Tropeçar nem sempre representa um atraso, uma complicação, mas uma prova de que as coisas ocorrem em seus momentos devidos. Alguns desistem definitivamente tão logo tropece. Que o tropeço signifique o interstício entre o que eu quero e a hora em que poderei me apropriar de algo e o quanto estarei amadurecido para preservar tal conquista. A dor pode desestimular, mas que não se tema o fracasso.  Que o tropeço te ajude a focar ainda mais em seus objetivos e gere em você uma força capaz de enfrentar as situações adversas. Seja resiliente, quando necessário. Não desista! Há ganhos até onde não se espera muitas vezes. Tire lições do fato ocorrido, ainda que triste.

A vida não oferece a todos facilidades. Há sempre aqueles que terão que nadar o quádruplo em relação a outros para atravessar o mar tenebroso, agitado e frio. Evite pessoas negativas. Somos os responsáveis a transpor os obstáculos. A vida nos oferece opções: desistir ou prosseguir. Gosto do lema: desistir nunca, retroceder jamais. Campeões são fabricados quando não desistem. Não escolha estar alistado com os fracassados, pois estes se rendem facilmente a qualquer batalha. Amargam a si mesmos e tentam contaminar os outros. Todos podemos caminhar, todos podemos tropeçar. Tal verbo é indicativo de uma ação, logo só tropeça quem está caminhando.
Diante das incertezas da vida, estamos quase sempre a precisar de alguém para dar rumo e alento, quando não nos pôr no prumo. Por vezes, nos perdemos durante nossa jornada. Perdemos a condição de se fazer e refazer a si mesmo. O maior pecado é não oportunizar a si mesmo. Reerga-se! Tropeços devem ser encarados como chances de acertos futuros. Assim foi com Thomas Edison, o inventor da lâmpada. Ficamos mais fortalecidos. Do menor ao maior, do mais forte ao mais fraco, entre os seres humanos todos tropeçamos.

Viver é poder tropeçar, e tropeçar é aprender. As dificuldades têm lá seus aspectos positivos. Ao ser superada você se percebe, sim percebe que é capaz. A cada tropeço uma lição, a cada lição uma nova página reescrita.
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  

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04/04/2016

Viver é melhor do que sonhar?



                                                                                                                         
                                                                                                                         Amarildo Clayton Godoi Brilhante
É natural que muitas pessoas sonhem em fazer faculdade, adquirir bens materiais, viajar, ter dias e mais dias de lazer, sair para aqui e acolá, entre outros feitos.  Passamos boa parte de nosso tempo correndo atrás de nossas necessidades ou ao menos buscando viver em função da própria descontração. Aparentemente não há nada de errado nisto, pois estamos vivos, somos habitantes nesta terra. Mas o questionamento que paira é: viver é melhor do que sonhar? Não é pouco o contingente dos que sonham e que, às vezes, quando tal sonho se torna realidade vem acompanhado de uma profunda decepção ou uma tristeza moderada, quando não abatido pelo cansaço. E quando bate aquela percepção entre sonho e realidade verifica-se que a realidade era bem diferente dos sonhos alimentados. O jovem rico que se aproximou de Jesus estava convicto de que tudo estava perfeito, mas quando Jesus apresenta o modelo que deveria traçar para a completude de sua relação com os céus o rico se pega em seus próprios dilemas diante de tal exigência para manter a perfeita sintonia entre céu e terra, homem e Deus. Um alinhamento exigido que lhe provocou tristeza, pois sua percepção de céu e de como agradar a Deus foi tudo por terra. Desfazer-se de sua riqueza era algo inviável em sua mente. Seu coração centrava-se nas riquezas, embora afirmava ser um bom religioso. Deus não aceita divisão.
Alguns podem dizer: sim. Viver é melhor; outros podem dizer, não. Sonhar é melhor que viver. E outros ainda podem dizer: o bom é quando os dois acontecem. O sonho vira realidade.
Às vezes, um mundo de sonhos e fantasias pode ser bem melhor que a realidade aberta. Nos sonhos podemos inventar e reinventar sempre quando entendermos válida essa manobra. Nos sonhos os impossíveis viram possíveis, tudo pode acontecer, mas a vida real é cheia de armadilhas, de surpresas, cheia de altos e baixos. Nem tudo que existe neste mundo pode ser controlado por nós. Há tantas catástrofes por exemplo que podem nos acometer quando menos esperamos. Caminhamos muitas vezes em nossa própria escuridão, não sabemos o que nos reserva o amanhã, ou mesmo daqui a alguns minutos ou horas, não é mesmo?
Sonhar é viver dentro de sua própria individualidade onde o pensar, o imaginar, o criar e o desinventar acontecem sem interferências e a seu próprio modo tudo dentro de você pelos instantes que você deseja. Algo é certo, uma vez que se está vivo logo após sonhar iremos dar de frente com a realidade que nem sempre será solícita conosco.

Viver envolve riscos, aventuras, e é por demais perigoso. Há quem se mate em vida perdendo tempo com questões tolas, se agridem por coisas inúteis. Mas quando se aprende sabiamente a viver a vida que nos é dada tudo se torna mais leve, mais prazeroso. Ficar reclamando do companheiro (a) é regar após plantado a sua própria derrota pouco a pouco. Viva! Buscar quem está com a razão é por demais desgastante. Deixe o dia de amanhã para Deus e viva o hoje dentro de padrões aceitáveis pela sociedade e, principalmente, aceitável por Deus por que sem este você não há que falar em salvação da sua alma. E você o que pensa: viver é melhor do que sonhar?
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  
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17/02/2016

As Batatinhas Queimadas


Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Ói genti! A Renata minha miga deixô queimá umas tatinhas, mas dexâ eu falá uma coisa prô cêis. Conteceu assim cum vizinho meu tamém. Ele ficô fazendo cafuné na muié, apôis quandu viu a fumaça tava todinha cubrino o teiado e a cuzinha. A panela aderreteu-se, o fogo subiu e a muié disisperadá gritou. Ah! São Pedro assocorre nóis! O fogo tingiu o teiado!

Foi aquele salseiro. Um gritero dus infernu! E São Pedro na mesma ora, mandô um pé d’água e ôi aí, ki conteceu. Tá chovendo já faz cinco dias e São Pedro isqueceu a torneira aberta uâi. Já tá a môdi alguém grita dinovo: ói São Pedro, o fogo aqui já págô, brigadim, brigadim! Pôdi fêcha a torneira uâi que nóis tá aqui embaixu só rumando as bagunça que ficou. Por favor têndi nóis dinovo São Pedro. Brigadim, brigadim.
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16/02/2016

Cada corpo em si

Araçatuba, quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016.
Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Todo corpo carrega em si defeitos. Está contido em si os problemas advindos da própria existência humana. São de ordens diversas: trabalho, finança, sentimental, família, espiritual. A medida que soluções vão chegando outros vão surgindo. É um tal de entra e sai na nossa vida.
O corpo é um espaço sagrado, a alma se diferencia pelos pensamentos e ações. Nela os sonhos podem estar ou não ali, além das frustrações que se não nos trouxe experiência, nos acumulou dor ou nos impeliu a algo melhor. Mas é fato que veio com um propósito por vezes desconhecido. Se hoje o corpo se mantém na elegância, amanhã tudo passará. A vaidade um dia é vencida pelo tempo.
Que cada corpo saiba olhar, um olhar cuidadoso. Que cada corpo descubra o talento e o poder que tem. Que cada corpo expulse de si os traumas, as tristezas, as lamentações. Que cada corpo aprenda a cuidar mais de si e do outro na medida do necessário. Os dias altos e baixos continuarão a ser dias, mas que o corpo continue mantendo dentro de si aquele bom humor, força e fé mesmo que tudo esteja desabando sobre sua cabeça.
Que cada corpo estenda a mão não para maltratar, mas para cooperar com nosso irmão. De qualquer forma o outro estará ali quer queira, quer não. Unir-se é melhor que a desunião. O amor é melhor que o ódio. O cooperar pode levar todos a levantar o troféu juntos. Tem mais glória no acolher, no abraçar do que na rejeição, pois quem está do outro lado pode estar esperando apenas o mínimo que você pode dar.
Que o corpo libere não para o mal, mas para o bem. Que o voo seja alto, esplendoroso e inesquecível por onde passar. Que as marcas cravadas no outro sejam de boas recordações; deixe um legado de bênção.
Que cada corpo cumpra o seu papel. Sejam eficientes, sobretudo amorosos. Que cada corpo regue o seu jardim interior com boas regadas, que construa em si um gigante tal como a rocha cujas águas dum malvado mar não consegue derrotar. Que as intempéries da vida ao vir sobre ti, elas apenas venham, mas na mesma intensidade e velocidade com que vieram também se vá sem ao menos te arranhar.
O corpo e a alma são “máquinas” que correspondem entre si. Não sabemos tudo, mas saiba que podemos crescer, abençoar e salvar. Se faça importante e se os corpos que estão por aí não te aplaudem, acredite Deus te valoriza e aplauda a si mesmo. Você é incrível, você tem valor. Siga em frente! Vá, faça e alcance hoje e sempre!
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  

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