17/02/2016

As Batatinhas Queimadas


Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Ói genti! A Renata minha miga deixô queimá umas tatinhas, mas dexâ eu falá uma coisa prô cêis. Conteceu assim cum vizinho meu tamém. Ele ficô fazendo cafuné na muié, apôis quandu viu a fumaça tava todinha cubrino o teiado e a cuzinha. A panela aderreteu-se, o fogo subiu e a muié disisperadá gritou. Ah! São Pedro assocorre nóis! O fogo tingiu o teiado!

Foi aquele salseiro. Um gritero dus infernu! E São Pedro na mesma ora, mandô um pé d’água e ôi aí, ki conteceu. Tá chovendo já faz cinco dias e São Pedro isqueceu a torneira aberta uâi. Já tá a môdi alguém grita dinovo: ói São Pedro, o fogo aqui já págô, brigadim, brigadim! Pôdi fêcha a torneira uâi que nóis tá aqui embaixu só rumando as bagunça que ficou. Por favor têndi nóis dinovo São Pedro. Brigadim, brigadim.
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  

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