Há pessoas cujas ações tornam-se memoráveis e por isso são especiais por
aquilo que fazem em seu meio social. A pessoa
exercente é aquela que se mobiliza, principalmente, em favor de outros. Tal
atitude confere a ela algo de especial. O cidadão protagonista é elemento
fundamental dentro de uma sociedade.
O exercício de cidadania se dá a
partir de nossa casa e vai tornando-se extensivo com simples atitudes como:
varrer a calçada, fazer a devida lacração do lixo, não deixar cachorros soltos
na rua, não cortar árvores boas sem nenhum critério, não esbanjar água, não
esbanjar energia elétrica, não jogar lixo na rua, não quebrar placas de
sinalização, não quebrar vidros na rua, não fazer pichações, não destruir
patrimônio público; conservar a escola pública, cuidar de uma praça abandonada
da qual a prefeitura não está em condições de fazer, providenciar uma
sinalização a fim de evitar acidentes de veículos que passam pela via, participar
de mutirões como o combate contra a dengue,
etc.; são ações em que o fazer encontra-se em poder de todos, a saber:
do mais novo ao mais velho, do mais pobre ao mais rico, do menor ao maior.
Ações positivas provocadas pelo cidadão
são sempre bem-vindas, válidas e de extrema importância, uma vez que traz
mudança significativa no cenário de uma comunidade, cidade ou um país. Como foi
o caso do fim do nepotismo. Ocorreu por intermédio duma ação de iniciativa
popular.
Dentro de um Estado de Direito, o
princípio democrático enuncia que cidadania é o gozo dos direitos civis e políticos
onde devemos desempenhar nossos deveres. A cidadania é constituída através de cada
indivíduo. São pessoas conscientes de seu papel individual e social que
contribuem automaticamente. Dezenas de milhares estão assim fazendo a sua parte
no anonimato. Lucramos se cada cidadão brasileiro fizer a sua parte com
eficiência. Agora que este ou aquele cidadão exercente é portador de um
diferencial, ah!, é, sim!
Um princípio basilar para o
exercício de muitos direitos é o conhecimento. Este ser exercente, o cidadão
consciente, sabe situar os interesses de um todo acima de seus interesses
pessoais e mesquinhos. Contudo, participar, mobilizar e controlar são formas de
exercício da cidadania e qualquer pessoa poderá fazer dentro de seu espaço
geográfico. Em um aspecto mais amplo que o de ter título de eleitor e ser
brasileiro nato ou naturalizado apenas, ser cidadão é estar comprometido, é estar
cônscio dos deveres e obrigações. É, sobretudo, não deixar de protagonizar em
seu meio social.
Pessoas de espírito aguerrido,
dotadas de nobreza de espírito são mobilizadas dentro de seu próprio íntimo e impelidas
a transformar o meio em que vivem. Ao contrário das passivas, com espírito
lânguido. Pessoas mobilizadas fazem a coisa acontecer, concorrem com interesses
da comunidade, agregam pessoas a uma causa coletiva, cobram ações do Poder
Executivo a fim de que haja melhorias que somatizam as expectativas de todos.
Enfim, só se alcança o melhor
quando as mangas são arregaçadas e as obrigações e deveres não são
negligenciados. Fazer vistas grossas e empurrar para o outro não é e nunca foi
condizente com o ato de cidadania, mas sim um acovardamento. Levantemos, pois e
façamos nem que seja o mínimo dentro de nosso universo, mas façamos, assim,
ganharemos todos e construiremos paulatinamente uma nação mais justa,
igualitária e fraterna. Liberte-se das amarras da inércia. Seja cidadão de fato
e não apenas de direito! Eia, vamos, avancemos!
Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.
Contato: e-mail: amarildobrilhante@fatec.sp.gov.br
Copyright © - Araçatuba/SP
Todos os direitos reservados: Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Nenhum comentário:
Postar um comentário