01/07/2015

A Inveja Corrói

Artigo de Opinião

Araçatuba, quarta, 1 de julho de 2015


Amarildo Clayton Godoi Brilhante

Dentro do íntimo do ser humano existe o desejo de se assemelhar ao outro ou de ser superior e para notar isto bastam poucos minutos de conversa e lá estará um deles tentando por meio de suas argumentações e manipulações provar seu ar de superioridade, de sabedoria ou poder financeiro. O ser humano não escapou da redação bíblica, aliás ele é o centro das atenções. A descrição apresentada do ser humano é a de que possuímos um coração enganoso e complicado. A competitividade pode movê-lo a sentimento diverso. E a inveja é sentimento, todavia, maligno na sua essência. A inveja é algo corrosivo. A inveja causa males não só em quem a manifesta, mas também na sua vítima. Todo invejoso é uma pessoa infeliz. 

O possuidor deste sentimento quase sempre não sabe lidar com a perda. Ele se considera impotente por não ter o que o outro tem, além de sentir uma profunda frustração por contemplar a outra pessoa realizando um sonho que ela tinha, mas que ela não conseguiu conquistar para si. E por isto o invejoso acredita que o que o outro tem é mais importante do que o que ele possui. Portanto, para ele o outro é superior e tal coisa é uma afronta, por que somente ele é que poderia ser superior. A pessoa dotada deste sentimento perverso é uma grande torcedora. A questão é que ela torce dentro de si para que a outra pessoa não consiga êxito em nada, que o outro seja um fracassado.

Nada escapa aos olhos do invejoso e qualquer coisa pode ser objeto de seu sentimento negativo e destrutivo. Qualquer pessoa invejosa quando quer destruir alguém utiliza-se de várias técnicas que podem ser a calúnia, a difamação etc.  Ela tem inveja dos bens materiais, da voz, do talento, da inteligência, da oratória, enfim qualidades que a pessoa alvo de sua observação tem e que ele gostaria de ter e, não obstante, não tem. 

O invejoso poderia ter inveja da doença que o outro tem, da falta de dinheiro, da fome que o outro passa, de estar no lugar do mendigo, a saber, viver jogado na rua, da morte de alguém, tipo: _ “Que raiva fulano morreu, eu invejoso é que queria morrer no lugar dele”. Parece que estes itens negativos citados não se encontram na lista de prioridade do invejoso, mas deveria. Não há interesse por parte do invejoso em se esforçar tal qual o outro ou de buscar aprendizado com o seu próximo.

Os invejosos são seres execráveis, pois eles refletem a sua pobreza de espírito, pobreza intelectual, pobreza de tudo na verdade. É comum o invejoso trabalhar para criar aliados a ele e fazer um levante contra o próximo. Tal pessoa possuidora deste sentimento prova por a + b que é um ser desqualificado. Todo invejoso é um ser perigoso, porque é destrutivo.
Os invejosos são tipos de pessoas que gostam de ostentar isto ou aquilo. São pessoas doentes e perturbadas, talvez, até por espírito maligno. São peritos em prejudicar, em destruir intencionalmente, em dificultar para que o próximo não tenha sucesso. Seu ponto forte é fazer o mal. Os tais são inimigos que podem estar em toda parte e na nossa alegria eles estarão lá para torcer que algum mal nos ocorra. 

Todo invejoso irá tecer críticas até sob aspectos ínfimos, a ser propagador de fofocas, a articular armadilhas. As mentiras inventadas por esse ser infeliz são sempre no intuito de induzir os outros a acreditarem que aquilo é uma profunda verdade. O fato até pode existir, mas ele o constrói segundo os seus interesses perversos, dentro de uma ótica infundada.


Pessoas maduras são desprovidas deste sentimento maligno e sabem que tudo que temos é passageiro e que existem coisas mais importantes como a preservação de seu nome, sua imagem, caráter, dignidade. Que não os Abéis e sim todos os Cains desapareçam da face da terra. Que somente hoje e a partir de hoje tenhamos somente seres adoráveis de se conviver.

Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade. Araçatuba /SP. Contato: e-mail: amarbrilha@ig.com.br


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