Truculência Militar contra Professores Paranaenses

Artigo de Opinião

Araçatuba, quarta, 1 de julho de 2015.

Amarildo Clayton Godoi Brilhante

Parabéns aos 17 policiais que se recusaram a entrar no esquema de truculência, de verdadeiro ataque, de massacre e covardia contra os professores paranaenses. Eles são dignos de todo o respeito da sociedade, pois demostraram a grandeza de pensamento deles e de espírito. Entenderam que não estavam tratando com bandidos e sim contra aqueles que não fizeram nenhum mal a sociedade, entretanto, incomodam em muito os políticos e o governo atual. Estes sim conservam o ódio e detestam os profissionais da educação, bem como, não anseiam um povo que saiba reivindicar direitos e cobrar deveres da classe política. É este tipo de instrução, de difusão de conhecimento que os governos, em específico, o governo de Beto Richa, no Paraná não deseja em hipótese nenhuma e isso ficou evidente em uma declaração atual da qual dizia ser contrário a policiais com um grau de estudo avançado por se tratar de pessoas insubordinadas.

Este tal, governador, deve ser aquele tipo de pessoa de mente fechada que pensa estar acima de Deus e de tudo só porque conseguiu ser eleito a um cargo político cujo mandato é de 4 anos. Pelo menos é o que tem demonstrado não só ele, mas todos os responsáveis (secretários da Segurança e da Educação) por tal truculência policial praticada contra os professores do Paraná. O que Beto Richa precisa saber é que reivindicar direitos é um ato legal. Certamente ele não aprendeu na escola enquanto estudante. 

Dizer que greve é inconstitucional ou ilegal é um ato de insanidade mental, visto que, só se chega a greve quando há atos abusivos espontâneos ou reiterados por parte do governante ou quando todos os recursos por meio do diálogo foram esgotados. 

Vale lembrar que Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Senadores, Deputados e Vereadores são nada mais nada menos do que empregados do povo. Sim, população brasileira! São nossos empregados e você através das urnas pode mandá-los embora para casa. Você pode demiti-los legalmente. Pena que essa demissão não possa por lei se dar antes. A não ser em caso de revolução seguida da tomada de poder. 

Tiro o chapéu para os tais policiais que negaram a participação neste ato de covardia contra os professores. Foram covardes os que participaram, pois é uma luta desigual. Imaginem que bom seria se os professores tivessem um aparato de instrumentos de ataque tal qual os dos militares. Aí sim, ter-se-ia o equilíbrio de forças dos dois lados. E se houvesse uma força paramilitar, homens bombas e terroristas de toda sorte será que seria a mesma coisa? E principalmente, se estes investissem contra a classe política como seria? Penso que algumas atitudes seriam repensadas. O ataque de forma desmedida como ocorreu merece todo o repúdio.

Os 17 homens que compõem o grupamento militar paranaense provaram sua sensatez, sabem fazer escolhas entre a hora de agir e como e quando agir e contra quem agir. Indubitavelmente, estes homens se estivessem somente eles, agiriam de modo diferente. Pois, para dispersar os professores bastam meia dúzia de bombas de efeito moral. Os professores foram e estão sendo tratados como bandidos quando quem deveria ser tratado como bandidos são aqueles que integram o quadro político vigente, entretanto, os tais têm em seu favor a força policial e certas instituições prontas a defendê-los. Os escândalos de corrupção ilustram muito bem a falta de caráter e comprometimento com a população.

Que todos os paranaenses deem as contas para Beto Richa e nunca mais voltem a contratá-lo para exercício político em nenhuma de suas esferas. Paranaenses, por meio das urnas, mandem este governador na próxima eleição plantar batatas. 

Meu elogio é totalmente e tão somente direcionado a estes 17 policiais que são inteligentes, sábios e que possuem uma elevação espiritual coisa que os militares espancadores participantes daquela ação não tem. Deem a Beto Richa a carta de demissão e excluam ele da política paranaense para sempre. Uma pessoa que defende que o funcionário público deve ser vaquinha de presépio não merece nenhum respeito. Assegurem a vossa felicidade!  Paranaenses, Beto Richa nunca mais!

Amarildo Brilhante, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade. Araçatuba /SP. E-mail: amarbrilha@ig.com.br

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