Araçatuba,
segunda-feira, 22 de junho de 2015.
Amarildo Clayton Godoi Brilhante
As mentiras nos meios de comunicação do atual governador do Estado de São Paulo (2015) em defesa de seus próprios interesses contrariam as melhorias na educação pública. E parece ser uma marca constante não só do governador, mas do PSDB. É óbvio que a verdade parece não convir, a priori, quando há coisas que podem atrapalhar a sua imagem política e impedir sua carreira política. Aliás, deveria ser terminantemente proibido fazer da política carreira. E assim como José Serra dividiu os professores em categoria, como seria se dividíssemos os políticos em categorias? A primeira categoria que me veio logo a mente foi a categoria dos ladrões. Estes são os mais perversos. Assaltam os cofres públicos sem nenhum pudor. A segunda categoria, a dos vagabundos. Estes são aqueles que aparecem para trabalhar de modo eventual. São também descompromissados. E depois a terceira e a quarta e a quinta categoria... É lógico que tão logo me veio isso a mente eu a repreendi, pois deveria ser uma ideia maligna que me ocorreu repentinamente e não queria ser injusto com os políticos desta nação brasileira.
Este governo do PSDB, Geraldo
Alckmim, que aí está não é diferente de Mário Covas e José Serra seus
antecessores. Mário Covas quando os professores fizeram greve ele os afrontava
com xingamentos e gestos obscenos. O ser soberbo e arrogante parece ser sua
marca registrada. José Serra por sua vez trabalhou com muito afinco para
transformar a classe de professores em categoria de professores. Com qual
objetivo? Sucatear ainda mais a educação e os profissionais da educação. Ao
longo destes mais de 20 anos de governo do PSDB somos tratados como se fossemos
lixos, como se nós fossemos a escória da sociedade? Há uma forte rejeição por
parte de todos estes que subiram ao governo do Estado de São Paulo. A população
precisa entender o câncer que os tais têm sido para São Paulo e rejeitar este
partido nas urnas. José Serra por meio de certos mecanismos conseguiu enfraquecer
qualquer possível luta e união dos professores utilizando-se o meio
institucional, a lei, seu poder naquela época e a política e Alckmim apenas
aperfeiçoou.
Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Serra,
Geraldo Alckmim para mim nada representam. São como a palha que o vento espalha
e logo, logo se vão. São péssimos empregados que a população contratou por meio
do voto por 4 anos e alguns prorrogou-se por mais 4 anos. Não são, não serão e
nunca foram estadistas. Aos que podendo fazer efetivamente o bem e não o fazem
a terra lhes será pouca, pois, além disto satanás e os demônios lhes terão em
seus braços. Todos os supracitados foram contrários a melhoria da educação
neste país. São nomes de bichos-pessoas-monstros que maltrataram os professores
e os escravizaram a uma vida subumana oferecendo-lhes um salário de fome, uma
condição indigna para o trabalho e não atendendo nenhuma de suas
reivindicações.
Quando a classe de professores
para não é só para reivindicar salário, é também para reivindicar uma mudança
estrutural para melhor em amplo aspecto por que esta classe sim sabe o que é
melhor para educação. E alguns políticos, não poucos neste século XXI, que
sendo achacadores, amantes da luxúria, da ganância se postam como sabedores de tudo
e não sabem nada. Pensam prestar um grande serviço à população e estão
oferecendo lixo. A cada dia mais e mais leis nojentas são criadas, arrecadações
de impostos absurdas e o que nós recebemos de volta enquanto população?
Arrecadam-se milhões, bilhões, trilhões de reais e nos retornam o troco em
centavos.
Os mais velhos certamente têm
na memória as pérolas proferidas pelos que são tidos como os “bam-bam-bans”:
“quem não consegue produzir vai ser professor”, “que aposentado é vagabundo”
entre outras. Pois é, isto representa o que pensam os integrantes do tal partido
PSDB cuja linha ideológica é a de que nós não precisamos de pensadores e sim
apenas de trabalhadores. Por isso, o descaso com os professores. Afinal de
contas, o que político mais teme? Um povo forte que luta e sabe reivindicar
seus direitos e que arregaça as mangas indo para cima. Falar a verdade parece não
ser o forte desta “catigoria” de pessoas que fazem as leis, eu disse, “catigoria”
de pessoas, é isso mesmo, não errei no português, pois minha intenção é usar um
recurso linguístico conhecido por ironia, uma figura de linguagem.
Mas eles não são de todo
culpados. O povo tem sua parcela de culpa. Por ter, às vezes, medo de votar numa
terceira opção. Embora, a verdadeira verdade é uma só: não há homens de
verdade, não há estadistas. O que se verifica dias após dias são projetos de
homens olhando para o próprio umbigo, fazendo leis que beneficiam a si mesmos,
que destroem os cofres públicos com seus furtos milionários, manipulam dados,
papéis e desviam dinheiro público para suas contas pessoais e dos seus
“laranjas”. Aff... tenho nojo destes tais que assim o fazem (independente da
conceituação de gênero). Que o inferno os tenham como boa casa.
Qual é o salário em 2015 de um
governador? E quanto é o salário em 2015 de um professor? Seria muito bom se o
governador e o secretário da educação trocassem de lugar com os professores da
escola pública e fossem viver as agruras de um professor que recebe um salário
miserável. Aliás tem para receber. A mídia tem divulgado que o salário em 2015
de um professor da rede estadual de ensino seria de R$2.400,00. Isto é
parcialmente verdadeiro. Já o governador fala em R$ 4.000,00, o que é mentira. Vejamos alguns pontos. Primeiro, o valor de R$
2.400,00 anunciado é bruto. Segundo, o profissional da área da educação precisa
ter uma jornada de trabalho que totalize 40h de trabalho semanal. O que
chamamos de carga completa de aulas que corresponde a 32h-aula. Nem todos os
profissionais conseguem a carga completa da jornada. Em terceiro, há
muitíssimos professores que não se enquadram em nenhum dos itens anteriores. Em
termos reais, este professor que se enquadra no retromencionado receberá
líquido algo em torno de R$1.900,00 (valor estimado) podendo ser menos. Hoje
muitas pessoas sem graduação alguma, ou seja, apenas com o ensino médio e com
um cursinho técnico superam este valor tranquilamente e ainda dispõe de um
ticket alimentação invejável. O do professor quando tem é apelidado de ticket
coxinha. Irônico, mas verdadeiro.
Agora como entender? O
governador Geraldo Alckmim (PSDB) recebe acima de R$ 21.631,05 de subsídio /
vencimento e gasta R$ 70.000.00 reais pagando um um blogueiro fazer propaganda
antipartidária? Tais informações encontram-se veiculadas na internet. Como é
possível? Alguém explique. Ganha-se 21 e paga-se 70 e não há endividamento e
ainda sobram sorrisos em frente as câmaras de televisão e flashes diante dos
fotógrafos? Não sei, tenho dúvidas, mas eu me pego pensando que sei lá, talvez
fosse dinheirinho extra, talvez uma herança, ou sei lá premiação da loteria, ou
... . Será que isso é possível? Será que são os amigos bonzinhos que contribuem
com essa quantia, 70.000,00 reais? Caracas! Um milhão de caracas! Certamente
não deve existir nenhuma corrupção em nenhuma esfera do poder e em nenhum
partido político presente no governo. Sempre existiu, mas acredito que
atualmente muitos brasileiros do bem têm se incomodado com duas palavras que
nunca entram para a lista dos arcaísmos: corrupção e corrupto. As tais bem
presentes no cotidiano político e nas instituições estatais.
Buscando-se uma definição para
corrupto podemos dizer que corrupto é: o bandido que empossado no cargo ou
função pública por meios legais se utiliza da máquina admistrativa do Estado
para aumentar seus ganhos pessoais. Enriquece de forma ilícita. É um bom
fingidor. Sua imagem parece de honestidade, mas só aparenta. Demonstra prestar relevantes
serviços à sociedade brasileira, mas só demonstra. Habitualmente veste roupa social ou jeans
dependendo da ocasião. E, em regra, estão engravatados, gostam de ir a lugares
luxuosos onde gastam muito dinheiro em uma noite e, entretanto, não são
possuidores da coragem de dar uma esmola a um mendigo.
Traduzindo: são bandidos da
pior espécie, crápulas, achacadores, ladrões, cretinos e mentirosos que se usam
dos meios institucionalizados para locupletar vantagens para si mesmos. As
fraudes, todavia, são feitas por meio de manobras políticas, conchavos e
manipulação de dados em papéis ou lançamento falso em sistema eletrônico.
Diante de tanta sujeira, peço licença para sair de forma abrupta pois o recinto encontra-se muito emporcalhado. Sem mais.
Amarildo Brilhante, 41 anos, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade. Araçatuba /SP. E-mail: amarbrilha@ig.com.br
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