Indignação

Araçatuba, segunda-feira, 25 de maio de 2015.

Amarildo Clayton Godoi Brilhante

Com dois cursos superiores: Direito e Letras, além de dois cursos técnicos: Contabilidade e Informática, porém, um amante da arte de ensinar, a minha maior decepção entre tantas na vida é ter se tornado professor da Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo neste país arrastando-se desde então por 15 anos na profissão. Um país cujas bases se dão em princípios democráticos e tem-se por parâmetro o salário mínimo nos julgados dos magistrados é uma vergonha e desgraça o profissional da Educação não ver cumprido o piso da categoria pelo governador, o qual deveria dar exemplo em matéria de cumprimento das leis vigentes. A verdadeira base da democracia não existe e tudo não passa de mentiras institucionalizadas pela esfera pública onde leis fajutas acobertam um antro de bandidos da pior espécie. Vestindo seus ternos caríssimos, pousando de boa fama e “respeitabilidade”, não passam de gananciosos e homens inescrupulosos. Mentem a céu aberto, roubam utilizando-se de seus conhecimentos adquiridos para a prática do mal, formam-se verdadeiras quadrilhas de corruptos. Enquanto isso em Gordon City os trabalhadores da Educação padecem. São tão escolarizados quanto um qualquer da esfera Legislativa, Executiva e Judiciária, porém, nossos salários como professor neste país é um lixo de salário e que estes que estão no chamado poder não gostariam de ganhar em hipótese nenhuma. Que o inferno seja pouco com os milhões de graus Celsius para os tais mandantes que podendo diminuir a pobreza e a desigualdade social não o fazem. Podem muito bem pagar melhores salários aos professores e não o fazem alegando mil e umas mentiras. Os tais são filhos de Satanás, pois a Bíblia diz que o mundo jaz no maligno e que os que fazem da mentira seu modus vivendi tem como pai o Diabo. A população não aguenta ser escorchada mais com tantos impostos, descasos e roubalheiras por aqueles que estão em alto escalão. O engraçado senão trágico é que estes ganham vultosos salários que daria para se viver muito bem, entretanto, não se satisfazem nem com tais salários nem com os privilégios advindos do cargo. São pessoas podres, nojentas, corrompidas pelo amor ao dinheiro, à fama, à glória humana, mas advirto, eis que a hora vem. O fim chega para todos. A carne destes nem os abutres a desejam, pois daria indigestão.  Eu gostaria muitíssimo que tanto o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmim e o secretário Hermman e toda a corja que aí está no PSDB sobrevivesse com o salário-base de um professor da rede estadual de ensino e desse de comer aos vossos filhos. Seria uma experiência e tanto, não? Onde eles estariam morando, o que estariam vestindo, e onde seus filhos estariam estudando? É uma pena que Alckmim (PSDB) não esteve naquele helicóptero... Que pena... Penso que o Estado de São Paulo agradeceria. Parece que todos os dias morre-se a pessoa errada nesta nação. Enquanto isto o joio está aí causando grandes desgraças e infligindo o chicote do capitalismo, do oportunismo, da arrogância e do descaso nas costas de quem menos merece apanhar. E os "grandões" gozando na nossa e da nossa cara. Não dá mais para ficar em silêncio vendo o mal triunfar sobre os justos. É hora de usarmos todos os recursos disponíveis contra estes lobos em pele de cordeiro.  As urnas servem como resposta. Caso Alckmim e Hermman queira trocar de lugar e salários comigo eu aceito. Chega!

Amarildo Brilhante, 41 anos, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade. Araçatuba /SP. E-mail: amarbrilha@ig.com.br

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