11/05/2015

Sermão da montanha


Jesus foi um grande líder enquanto homem e esteve sempre cercado por multidões de pessoas das mais variadas classes sociais (pobres, ricos, cultas e incultas). Ele dispunha do poder da palavra e sua mensagem ia de encontro inclusive aos excluídos. Parecia serem estes o seu objetivo imediato. A unção (poder) de Deus Pai estava nEle. Era e é chamado de mestre e ungido, pois a sabedoria demonstrada em suas pregações é muito nítida. Ele certamente nunca esteve sozinho e isto ficou por demais provado em seu batismo nas águas. O Espírito Santo se fazia presente na vida do mestre e sondava os corações daqueles que o acompanhavam. Jesus sobe ao monte dirige a palavra para os discípulos ensinando-os e os chamava de bem-aventurados.

Ele dizia aos discípulos: “vós sois o sal da terra”. Referência direta a conduta dos discípulos na vida em sociedade. Eles tinham que ser pessoas referenciais das quais as pessoas ao olharem para ela tenham gosto, um sentimento aprazível, sintam o desejo de ser tal como eles. 

A palavra e o modo de vida devem ser para despertar para a vida, a vida que há na pessoa bendita de Jesus Cristo. Isso continua sendo um desejo de Jesus para os dias atuais. A multidão eclética vinda de todas as partes não seguiam Jesus apenas pelas suas palavras, mas sim pelo que ele sempre é.

Quando a unção do Espírito Santo está presente na vida de um homem este nunca será o mesmo, pois quem tem a essência de Cristo é diferente em muitos aspectos. Não era apenas um sábio que trazia uma mensagem, mas um ungido preparado para a execução de uma boa obra que se arrasta por séculos e séculos.   

Jesus ao subir ao monte dirigiu a palavra aos discípulos. Jesus os chama de bem-aventurados pelo fato de poderem estar ao lado dele, receber dele e conhecê-lo como nenhum outro poderia. Há diferença entre o discípulo e o seguidor. O seguidor sempre o acompanha de longe e por vezes está ali buscando-o por interesse. O discípulo segue de perto e o segue por vontade própria.
Para ser discípulo de Jesus é preciso estar comprometido com o mestre e deixar o gosto pela nova vida oferecida por Jesus por onde se passa. Os frutos do espírito devem ser visíveis.  A bondade, fidelidade, mansidão, autocontrole entre outras não podem faltar na vida cristã.
A palavra trazida pela Bíblia Sagrada e os soldados de Cristo é que são responsáveis para o despertar para a vida. Sem dúvida alguém que prospere muito pode precisar de paz e a paz pode ser encontrada através da igreja. Por isso, o salmista diz: “alegrei-me quando me disseram vamos a Casa do Senhor”.

O cristão ao chegar em algum lugar deve e pode ser o gosto do incentivo, da paz, do alívio, do estímulo. Deve ser dele e estar nele o provocar entusiasmo nas pessoas e não aderir nem sucumbir ao mar de pessimismo e reclamações às vezes infundadas.
Se Jesus não der alegria aos seus discípulos para que eles a distribuam então como esperar que os discípulos sejam a alegria dos homens. É preciso receber para dar. E nós recebemos pois, assim o disse: “vós sois a luz do mundo”.

A luz própria parece ser algo que se faz presente na vida do cristão. Onde ele entra as trevas são dissipadas. Alguns cristãos restringem o seu brilho apenas no templo. Somos a luz em qualquer lugar e para quem dele necessitar.
Adotar o comportamento correto é imprescindível para a expansão do reino de Deus. Temos que ter a mente de Cristo, o agir de Cristo, as atitudes de Cristo e o seu palavreado. Satanás tem atacado e reinado na mente de algumas pessoas e investido até mesmo contra aqueles que estão sob a influência da luz divina.
Todos precisamos um do outro e reconhecer isto é sinal de maturidade. Esta máxima é válida nos relacionamentos entre marido e mulher, noivo e noiva, namorado e namorada.

O humilde de espírito é aquela pessoa que sabe reconhecer suas fraquezas, busca o caminho do diálogo para resolução de problemas, e reconhece que por ele, dele e para ele, Jesus, são todas as coisas. Sabe que não estamos de modo aleatório e sem propósito. Os soberbos não pensam e nem reconhecem a importância de Deus. Acreditam em sua própria força. Não choram pelo próximo.
O sermão da montanha é baseado nas necessidades presente na vida das pessoas. A palavra de Deus nos dá a percepção de que para Deus feliz é a pessoa que chora, que intercede por alguém que precisa de restauração, cura, libertação, salvação.

Chorar por alguém é, às vezes, uma forma esquecer os próprios problemas. Segundo Jesus “é melhor dar do que receber”. As pessoas que reclamam e choram por si, são pessoas que não choram por ninguém.
Os discípulos de Jesus Cristo são a opção de solução, de transformação, de salvação e de restauração, pois Deus os incumbe como seus agentes missionários. São canais que levam os aflitos a Cristo Jesus.
Mansidão não é sentimento presente em uma pessoa forte. Moisés e Jesus são citados como mansos. Ser manso é administrar situações pensando no próximo. O manso antes de falar, de tomar uma decisão ele analisa o fato do outro, o que aconteceu com o outro, o que teria levado o outro a tomar tal atitude ou deixou de tomar tal atitude. Ser manso é ser feliz.
Ser precipitado é atirar-se no precipício, é jogar tudo no buraco, é pagar um preço caro muitas vezes. O maior de todos os mestres Jesus disse que ser manso é ser feliz.

Ser limpo de coração é enxergar a virtude presente na vida do outro. Jesus tem essa virtude de conseguir enxergar o bem no meio do mal, de ver a qualidade em meio a muitos defeitos. É preciso exercitar e em alguns momentos glorificar a essência de Deus na vida de uma pessoa ao invés de somente atentar-se para o mal. Tarefa nem sempre fácil dependendo do que ocorre. Mas Jesus não nos proíbe de sermos justos e de dar um tratamento a medida das desigualdades. A forma como isso se dará é o que pode sofrer questionamento. Entretanto, Deus pode dar a sentença final na vida de quem quer que seja.

Todo verdadeiro discípulo tem a consciência de que: se eu caio sou eu quem caio, mas quando estou de pé foi Deus quem me levantou. Deus é a nossa justiça. Eu não preciso fazer justiça, Deus é a minha justiça.
Se você foi injustiçado faça valer seus direitos pelos meios legais e aquilo que for pertinente a Jesus deixe-o fazê-lo, por que Ele certamente o fará. Plantar misericórdia corresponde a colher misericórdia.

Quem são os pacificadores? São aqueles que trabalham para que não haja guerras. A guerra surge por discordância. O pacificador é filho de Deus e o estimulador da guerra é filho do Diabo. Todo agente tumultuador, provocador que promove a guerra não tem a paz. Isso é uma clara prova da ausência de Jesus na vida de uma pessoa. E quantas pessoas não agem assim nos relacionamentos?

Aos portadores da verdade que se opõem a mentira sempre são perseguidos pelos amantes da mentira. Ser contra a filosofia pregada nesta terra: vaidade, ganância etc. é pedir para ser perseguido. Caso a perseguição se dê pelo fato de ser cristão é por que cristo se faz presente em espírito. Quando alguém está fazendo danura (corrupções, maldades) e por que está colocando em prática aquilo que é peculiar ao seu modo de ser, portanto, ela está conforme o diabo gosta e se você não está conforme o diabo gosta, significa que você não tem nada dele em você e é por isso que ele te persegue.

O discípulo de Jesus vive pelo mestre e a vida do discípulo deve ser dedicada ao próximo. Por intermédio de seus discípulos a obra continua por que assim deseja o Senhor.  Jesus entrou para história e suas marcas e sinais e milagres, prodígios e maravilhas estão por todo lugar hoje e sempre.

Amarildo Brilhante, 41 anos, é professor, escritor e palestrante. Formado em Direito, Letras, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade. Araçatuba /SP. E-mail: amarbrilha@ig.com.br

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