25/03/2021

Governos imbecis, militares genocidas

Amarildo Brilhante

Se vocês observarem acusam Hitler de genocídio, o que é um fato claro, porém, retirem os militares que estavam em volta de Hitler e analisem. Hitler por si só teria matado quantos com sua própria arma? Então, os regimes totalitários como ditadura, comunismo, socialismo, fascismo, nazismo, se dão de que forma? Por imposição da força militar porque são eles que detém as armas. Logo, os maiores genocidas da história foram os militares que apoiaram governantes loucos e imbecis ao longo da história. Cumpriram o dever exterminando o próprio povo?


É fácil subjugar um povo desarmado. Agora coloque armas na mão do povo e veremos se o equilíbrio das forças e, o poder de fogo, se dá ou não uma luta mais igualitária. Embora a população não tenha armas químicas, nem tanques, nem aviões é muito mais difícil subjugar um povo armado e é aí que está o problema pelo qual a esquerda insiste em ver a população desarmada. Lula declarou que se reeleito novamente vai recolher as armas. Agora do desarmamento para cá quem foram as vítimas? Quem ficou refém dos marginais? A pessoa de bem. Aquele que acorda cedo e dorme tarde para levar o sustento para casa. Enquanto isso os bandidos ficaram armados até os dentes e os politiqueiros marginais de plantão, irresponsáveis, não providenciaram nenhuma ação concreta de combate ao mal que proliferou. Vale lembrar que no referendo de 2005 o povo votou SIM pelo comércio de armas e munições. É um direito do povo, a escolha deste direito foi ratificada pelo povo e isso não deve e não pode ser suprimido por nenhuma lei, nem por nenhum político. Qualquer governante que queira recolher as armas da população deve ser repudiado totalmente ou mehor nem ser eleito. 


Toda forma de subjugação se dá por um ou mais políticos utilizando-se das forças militares. Se os comandantes militares se unissem e virassem as costas para o governador o que ele faria? Ninguém ilhado faz nada. Numa guerra quando o cabeça é morto ou a guerra acaba ou ela enfraquece. Que falta de hombridade, impossível chamá-los de homens.


24/03/2021

Quando satanás julga, não há contraditório

O chão - Incelença!

O trono de satanás - Pois não!

O chão - Data vênia! Permita-me fazer uso da liturgia ainda que eu tenha pouco estudo. O

senhor estudou bastante, não é?

O trono de satanás - ( A vaidade entra, a sensação de poder incha o coração e a boca se

enche pra falar)

Estudei sim. Ah, olha eu fiz isso isso isso, eu sou isso isso isso ... sou o ministro da mais

alta corte do país… e se alongou em suas exibições.

O chão - Então aconselho o senhor voltar pra escola!

O trono de satanás - (Ele se perturba)

Como assim ? Por quê?

O chão - Porque até um analfabeto sabe quem é ladrão e quem não é. Jamais um

analfabeto soltaria o Lula e prenderia o xerife. Visse que foram vários os juízes que

analisaram o processo de Lula e o condenou. Inclusive, esta corte.

O trono de satanás - ( Se bufa de raiva pelas ventas, afinal um inferior lhe afronta, o deus

das trevas não pode ser questionado)

Sai daqui agora, senão eu te prendo pela lei de Segurança Nacional.

O chão - Tá vendo não disse que um analfabeto sabe mais. Tô indo, vou ali conversar com

seu Zé e dona Maria da faxina. Aprendo mais com eles.

O trono de satanás - Some daqui seu bolsonarista do caralho!

O chão - Minha pátria, meu chão. Aqui o comunismo não!

Neste instante o chão sai rapidamente da sala, tamanha fúria e desconforto que se deu no

trono de satanás.

Autor Amarildo Brilhante

20/03/2021

Imersão

 

        É preciso saber que, apenas domínio de conteúdos de escola e ter habilidades, não significa ter acesso a uma carreira de sucesso. Não é o bastante para garantir êxito. Na vida é preciso ter predisposição e fazer movimentos internos específicos que exijam de você imersão. É a imersão que te levará a superação de uma dificuldade inicial. Sendo assim, é possível compreender que a inércia não trará resultados, é preciso agir além de sonhar. É preciso autodirecionar a favor do que se quer sem desalinhar-se do foco principal. O contrário disso é caminhar a seu desfavor.

Mantenha-se sob imersão!

Autor Amarildo Brilhante

19/03/2021

Um dia pra lá de especial

O texto abaixo reflete a experiência de uma escrita coletiva.

Amigos Unifesp – 2021

Lá tinha. Lá no grupo tinha uma tal Luciene. Um dia calhou dela, muito simpática, prestativa, entregue ao algarvio, deitava-se em longas prosas. Era a foguete que agitava a todos, tinha a compulsão da maré em seus rebentos, não em raiva, desprendida a comunicar tudo que lhe vinha à mente naquele momento. Uma pessoa doce, apoquentava-se com alguns episódios ocorridos. E quem assim não o é no transcurso da vida. Uma bela quinta-feira deu início a uma longa conversa, tinha postado uma fotografia de pipocas brancas estouradas que deliciavam nossos beiços. O meu então nem se fala. Coincidiu de eu ter feito também pipoca naquela tarde. Uma tarde tranquila, sinalizava às 16h45. Elísio nosso menino serelepe do grupo atiçou-lhe com uma pergunta tipo aquelas, objeto direto. - Pipocou por aí, Lu? Disse ele. Havia um mistério, uma profundidade naquela pergunta. Pipocou poderia significar muitas coisas como aconteceu alguma coisa... Pipocou do verbo pipocar, um neologismo, talvez... ou pipocou de fez pipoca por aí tia Lu... a mais provável pensava eu. Estava meio letárgico naquela tarde, pensativo. Tinha acabado de pôr-me a mesa para dar início ao paulatino estudo.

Nem bem esfriaram os piruás na bacia, Lu, entre uma ou outra "palomita" (em espanhol), com o seu modo goiano de ser respondia que o dia estava no pipoco: apenas a pipoca trazia um pouco de alívio em meio à seriedade do estudo. Nada na vida é certo! Tudo pode acontecer. De repente, entre o estouro de um grão de milho, vem de Votuporanga uma sugestão que, penso, "embramava" tudo, ou "skoliava" aquele convite para - entre o sal que a língua sentia, o toque da cevada deixaria mais sabor entre os saberes sobre milho, pipoca ou piruás. Tim-tim!

A vida é festa! Um brinde! Simone se deixou guiar pelas lembranças de suas leituras literárias. Seus livros, sua escolaridade e literariedade: fez e postou a tarefa com muitos dias de antecedência! A cada dia de estudo, que parece um fardo, um Fardinho de cerveja.

E a mulher da terra do Pequi, que parecia só pensar no que pipocava, se prestou a fomentar um discurso bom que, entre grãos de milho, fios de alegria, fez brotar daquele cérebro inventivo do brilhante Amarildo, essa história! Que entra por uma porta e sai por outra porta! O que importa? Quem quiser que conte mais um pouco! Hehehehe

E se entra porta adentro vai logo se assustar. Tia Lu, é assim, vive a se comunicar. Cá distante nesta terra já nem milho quer plantar. Desde muito cedo, decidiu só estudar. Faz mil coisas ao mesmo tempo, vive louca a ladaiar. Pobre padre que perde de longe da ladainha que cá está. Tia Lu nasceu pra causar. Pipoca aqui, pipoca acolá, Simone ajuda a aliviar, o peso pesado do tal estudar. Elísio e Brilhante eu nem vou falar, é o bálsamo dos aflitos que se põe acalentar.

Que menina travessa, danadinha aquela tia Lu, sabia rimar, rimava muito, poderia até do slam participar. Ela nem se apercebia, mas era uma verdadeira slammer.   Todos rezavam para aquele lado mais agressivo não aparecer, botava fogo na casa e fazia o padre correr. Ela tinha muitas letras escondidas ainda a revelar. Era ouro enterrado, flor a desabrochar em plena primavera. Nem tudo é pedras, dores ou sal, tinha seus muitos méritos, entre eles o dedilhar em letras, escrever. Dizia Tiquita de peito cheio, amigo de longa data:  Vale ouro essa mulher! A Vilma correu a dar o ar da graça com seu coraçãozinho, deixando seus manifestos ofertados em amor. Muito amor, vindo de quem é um verdadeiro amor. Acenou como que dissesse no calor de quem vai perder o trem: - Oi gente, tô aqui viu! Amo vocês! Preciso ir. Onde foi com tanta pressa... hum. Era uma turma diferente, rente no batente!

Uns que riam outros que reclamavam, e a coisa andava.  A voz da Lu, marcava o silêncio do grupo, falta explicação, tutor, navegação, sei não... logo levantava outras. Guerreiros. Amarildo, Elísio, Simone, Nilceia... epa, tem gente. Povo inspirado, não tem Diário de Bordo, com limitações que os seguram. Duzentas palavras lá, quinhentas, setecentas aqui... sei lá, perdi a conta.

Mas como dizia meu amigo Elísio: O que importa? Quem quiser que conte mais um pouco! Hehehehe. E lá se foi a findar a nossa noite, esperançosos pelo novo amanhecer. Naquela noite estávamos realmente inspirados, e essa história dormitou em nós, pulsava aos poucos numa memória que jamais íamos esquecer. Assim como dormitavam águas do mar sob o efeito da calmaria, assim nós sem percebermos, éramos o broto, o resultado de um novo rebento de escritor. Éramos não só daquele grupo, mas daquela turma o rebento favorito! E quem quiser que conte mais...

 Autores:

Amarildo Clayton Godoi Brilhante – São Paulo

Cecília Honória dos Santos Pereira – Goiás

Elísio Vieira de Faria – São Paulo

Luciene Rodrigues Rroque Meier - Goiás

16/03/2021

Castro Alves, o poeta dos escravos - Rememorando.

Transcrição do vídeo: 

 "Oh! Bendito o que semeia / Livros à mão cheia / E manda o povo pensar! / O livro, caindo n’alma / É germe – que faz a palma / É chuva – que faz o mar!".

            14 de março é dia de relembramos nosso imortal e querido poeta baiano Castro Alves. Castro Alves é como o ébrio que nunca se cansa, nunca se cansa por ser tomado em seus desejos, nunca se cansa por estar completamente imerso em seus sentimentos, de boas doses em sua lírica, Castro Alves em seu autocentramento se descentrava no fulgor e primor de uma jovem, suas experiências arremetiam por vezes a um eu-lírico solitário, angustiado, ensimesmado como um monge tibetano frente ao seu oráculo, suas experiências em vida apertavam-lhe o peito, porém, como qualquer um a frente do seu tempo militava pela liberdade. Sua poética deitada em parte em seus enfrentamentos, mas a lida da voz que clama em seu desassossego pulsava em versos ora doces ora amargos. Não ter a mãe em seu regalo é como despir-se ao inverno, e ter o seu irmão em recusa a vida é como arrancar de si um membro.  Em 14 de março de 1847, nascia o baiano Antônio Frederico de Castro Alves, o poeta dos escravos. Castro Alves questionava o mundo e a si mesmo qual era o seu lugar neste cosmos valendo-se de seu eu-lírico. Suas armas eram uma pena, um tinteiro e um papel. Com elas em mãos defendeu varonilmente o negro de corpo e alma, mas faleceu jovem demais, aos 24 anos. Indubitavelmente, um grande poeta, colhido de forma temporã, mas que nos deixou o legado de sentir sua alma em seus versos. Um ferrenho abolicionista que não recuou em seus ideais de justiça e liberdade. Um tom panfletário, indignado e declamativo em suas temáticas abolicionista, política e social marca a sua poética. Sua apologia vinculava-se à República. Castro Alves tangenciado pela lírica do poeta francês Vitor Hugo tecia seus versos assim:


Lá na úmida senzala,

Sentado na estreita sala,

Junto ao braseiro, no chão,

Entoa o escravo o seu canto,

E ao cantar correm-lhe em pranto

Saudades do seu torrão ...


De um lado, uma negra escrava

Os olhos no filho crava,

Que tem no colo a embalar...

E à meia voz lá responde

Ao canto, e o filhinho esconde,

Talvez pra não o escutar!

..."Minha terra é lá bem longe,

Das bandas de onde o sol vem;

Esta terra é mais bonita,

Mas à outra eu quero bem!


Você acabou de ouvir um trecho de Canção do africano, de Castro Alves, que ficou conhecido como poeta dos escravos. Castro Alves viveu alguns dramas e ao ver os dramas de outras pessoas se posicionava como sujeito poético que ao olhar se esforçou literariamente provocando mudanças na sociedade. As poesias dele serviram a galvanizar a sensibilidade da época. 

E eu encerro com estes versos deste frutífero poeta:

Quando eu morrer... não lancem meu cadáver

No fosso de um sombrio cemitério...

Odeio o mausoléu que espera o morto

Como o viajante desse hotel funéreo.

 

Corre nas veias negras desse mármore

Não sei que sangue vil de messalina,

A cova, num bocejo indiferente,

Abre ao primeiro o boca libertina.


Ei-la a nau do sepulcro—o cemitério...

Que povo estranho no porão profundo!

Emigrantes sombrios que se embarcam

Para as plagas sem fim do outro mundo.

Trecho poético: Quando eu morrer, de Castro Alves.

Obrigado e um abraço a todos. 

Elaborado por Amarildo Bilhante


Caso queira assistir ao video, veja:






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01/03/2021

Meu doiro cabelo

Amarildo Brilhante

Em Portugal, aos seis anos, achava um charme aqueles salões luxuosos dentro da periferia. Aquele cheiro dos produtos que estavam a usar no cabelo das mulheres me davam tonturas. Pareciam nem se importar com tudo, bastava-lhe que saíssem belíssimas e que os elogios fossem o mais estonteante possível.

Ser criança negra era perceber-me as dificuldades que eu teria que enfrentar desde cedo. A guerra não se travava somente com o meu cabelo, mas contra os agentes sociais ferrenhos em seus olhares, davam-se aos cochichos quando não pela frente, pelas costas as línguas se desprendiam largamente da boca. Meu cabelo parecia chamar até mais a atenção que a cor de minha pele. Ambas estavam depositadas em uma cartilha cultural, a cartilha dos estereótipos, resquícios de colonização. Aquele olhar do outro sobre mim começava a me incomodar por duas razões: a primeira, será que Jesus era negro? Tantos abutres espirituais demonizados em pele de homens estavam a me odiar, era uma perseguição que parecia ser eterna, a segunda, será que me julgavam incapaz, a sobra de um ser humano, como a sobra de qualquer coisa e, que para pouco ou nada prestava. Descobri da forma mais dolorosa a segunda. Ela se deu nas ruas, escola e pelos passeios. Achava apenas que aquilo era coisa de filme, eu entendi que a personagem era tão somente eu e o filme era a minha vida, onde nenhum direito a voz tinha. Comecei então a escrever. Pus-me a arte de literar. Não estava disposto a aguentar a sofreguidão de meus antepassados. Outra geração, outro século, novo universo e, se eles não queriam mudar, eu pela força da caneta estava a transcorrer uma nova cultura. A cultura de que o negro é gente, que não somos maiores nem menores, todos somos e estamos em um planeta, em um corpo, vivemos num lar, temos um espírito e mente. Sujeitos as mesmas sentenças da natureza.

Somos massa corpórea feitos na mesma composição química que nos oferece o universo, ao ponto desta mesma composição se desfazer igualmente a todos. Aos corpos restam ser carcomidos pelos vermes e tornarmos ao pó como do pó viemos. Como dizia o poeta Manoel de Barros: Não estou indo em direção ao fim e, sim em direção às origens.

Bom seria na variedade aprendermos com as crianças, que a outra criança é apenas uma criança, com quem podemos brincar, cantar, contar e sonhar e que todos os dias podemos correr ao encontro, tão logo o astro sol nos convide a renovação da vida em cada amanhecer. A inquietação que me fadiga é porque, porque, o adulto não se mingua de suas maldades. Aos poucos tornei-me forte e entendi que ainda que não consiga mudar meus arredores, posso unir-me a felicidade dos poucos evoluídos espiritualmente e assim esperançosamente, na minha singularidade, seja apenas eu. Eu sou meu próprio estado, a consolidação de meus sentimentos, a independer se “meu cabelo é liso ou não, se black-tie, dreadlocks, rasta, cabelos crespos ou apenas black”.

O mundo é feito de cores e estações e seja qual for a política de minha identidade, ela irradia-se, tal qual, o raio solar, sou o que sou. E enquanto escrevo insisto e transmito minha mensagem de consciência política, I have a dream...

Autor Amarildo Brilhante

 Obs.: O texto acima possui intertextualidade com a autora luandense, Djaimilia Pereira de Almeida, livro Esse Cabelo. 


04/02/2021

Uma lindíssima mensagem motivacional

 Trecho de um vídeo do filme Gladiador, a seguir uma transcrição de texto. 

Sucesso, reconhecimento, fama, glória. Muitos de nós lutamos por motivos assim, mas não se constrói um bom nome da noite para o dia. É preciso trabalhar muito. Ainda que haja tropeços e quedas, é preciso superar os obstáculos. É preciso ter motivação, perseverar, insistir... A vida é uma sucessão de batalhas. Emprego, família, amigos: todos nós temos um status atual, o que fazemos na vida, ecoa na eternidade. E temos também expectativas com relação ao futuro. Em três semanas fazendo minha colheita. Imagem onde estarão, e assim será. No entanto, as reviravoltas do destino nos surpreendem. Grandeza é uma visão. Nem sempre dá para se fazer o que gostamos. Mas aquele que gosta do que faz e sente orgulho em fazer melhor a cada dia vai mais longe. Há momentos de calmaria e há momentos agitados, decisivos em que a boa intenção não basta. É quando a vida nos cobra coragem, arrojo, criatividade e um inabalável espírito de luta. A verdade é que os problemas e reveses ocorrem com maior frequência do que gostaríamos.

Os tempos mudam. Surgem desafios e novos objetivos. Os guerreiros olham nos olhos do futuro sem medo e sem arrogância, mas com confiança de quem está pronto para o combate. Viver é também estar preparado as situações difíceis. O modo como encaramos as dificuldades é que faz a diferença. Às vezes nos perguntamos: como enfrentar as mudanças radicais que se apresentam diante de nós? Como atuar num novo cenário, onde coisas que fazíamos tão bem precisam ser reaprendidas? Força e honra. Como lutar sem deixar pra trás valores fundamentais e mais: como saber a medida exata a ser tomada no momento certo? O incrível é que justamente diante de situações adversas, muitos redescobrem o que tem de melhor. A ética, a amizade, a capacidade de criar novas estratégias fundamentadas na experiência, o talento para promover alianças positivas, o espírito de liderança, a consciência da força que reside no verdadeiro trabalho em equipe. Tudo isso aflora quando as circunstâncias exigem, quando se sabe que existe um objetivo maior a ser alcançado. Claro que não é fácil abandonar hábitos, costumes... não é fácil adaptar-se aos novos meios, ou usar recursos aos quais não estávamos familiarizados. Mas todo guerreiro sabe que o pessimismo e insegurança nessa hora só atrapalham. Ainda que a ameaça venha de vários lados, com agilidade, força e determinação podemos alcançar o resultado. A combinação de energia e inteligência, assim como o equilíbrio entre razão e a emoção são fundamentais para o sucesso. É uma sensação extremamente agradável chegar ao fim de uma etapa com consciência do dever cumprido. E obter a consagração, o respeito de todos, o reconhecimento dos colegas. A admiração das pessoas que amamos... Ouvir o próprio nome com orgulho. Aquele orgulho de quem viu nos obstáculos a oportunidade de crescer. Orgulho de quem soube enfrentar as turbulências da vida e vencer... Orgulho de ser um vencedor que não renunciou aos seus valores fundamentais.

Desistir nunca, render-se jamais, retroceder nunca.





Apoquentando-se

 Amarildo Brilhante

Estavam ali. Olhos atentos. Corriam como uma máquina de escrever. As folhas balançavam-se ao vento de um ventilador. Por vezes acomodava-se a cabeça à mão e o cotovelo à mesa, num descansar como se estivesse cansado. Mexiam, remexiam-se num desassossego como quem dissesse: estou cansado, fadigado, exausto. A inquietação o consumia. Em sua mente perpassava o pensamento: não vejo a hora de terminar, preciso acabar. O processo é longo, é duro, é por demais incômodo.

Melhor me é brincar, estar na feira comendo pastel, estar na rua papeando ao ar, perambulando, rodopiando como quem não quer parar. Melhor me é brincar, brincar e brincar, sorrir e cantar.

 Amarildo Clayton Godoi Brilhante é escritor e membro da Academia Araçatubense de Letras.

 

Desperte o vencedor que há em você

 Amarildo Brilhante

É bem provável que você já tenha falhado em alguma coisa, mas e aí, pensou em desistir? Jogar tudo para o alto ou pensou em recomeçar do zero? Já parou para pensar “o que é a falha?" Ela se põe como um aprendizado para nos fortalecer ou nos abater? Saiba que desistir é o maior fracasso, pois, uma vez que alguém desiste o projeto não avança, o sonho não se concretiza, aquele desejo não se consuma. Desistir é assinar a sua impossibilidade.

Só se desiste de algo para corrigir a rota, entrar no foco a qual era para se estar desde antes. Existem várias histórias de pessoas que souberam recomeçar, corrigiram a rota, reescreveram o roteiro de suas vidas e alcançaram o topo. Sob qual viés você decidirá viver, sob a inércia ou sob a ação? Já começou a ler aquele livro que adiou a muito tempo, já fez aquela viagem que sonhou, já comprou aquilo que desejava... enfim quais as ações que você tem adotado para transformar o meio em que vive? Torne-se bom o suficiente, crie oportunidades, enxergue-as em meio as crises e sobretudo trabalhe com muito afinco, respeitando-se a si e aos outros. Há uma ordem para que as coisas aconteçam, embora não exista idade para elas. A persistência pode ser a resposta que você precisa, talvez olhando ao seu redor muitos não conquistaram porque não foram persistentes o bastante. O não já o temos, resta-nos perseguir o sim. Saber ouvir, tirar aquela ideia do papel, pensar positivo e agir com foco, talvez seja isto que lhe falte. Empreender é uma capacidade que pode estar latente, bastando que você a desperte. Olhe para os empecilhos, buscando tirar deles algum proveito, pois há males que vem para bem. Para ser competente em algo é primeiro necessário que acredite em si seguindo-se de muito trabalho, muita dedicação. Quer ser excelente em algo? Atitude. Pratique as 10 mil horas.

A sociedade vai se reinventando. Às vezes, precisamos parar um tempo, mas não por procrastinação e sim para recarregarmos as energias e voltarmos com mais fôlego. Os interesses e a vontade devem nos impelir. Então, para encerrar segue-se aqui algumas sugestões de Jack Ma, o criador do site Alibaba, um empresário de sucesso. 1)” Leia, estude, se informe, nunca se canse de aprender”; 2) “Encontre as pessoas certas, não as melhores pessoas”; 3) “Ao invés de ter pequenos truques inteligentes para sobreviver, se concentre em se manter perseverante”. Não espere por lâmpadas mágicas, por duendes, fadas madrinhas, ou que as coisas caiam do céu. Defina o seu projeto, estabeleça as diretrizes, se esforce e conquiste-as. Acredite, você é um vencedor!

 

Amarildo Clayton Godoi Brilhante é escritor e membro da Academia Araçatubense de Letras.

 

Respeitar é uma prática de amor

Amarildo Brilhante

 O globo terrestre é uma senhora Casa já antiquíssima e que abriga todos os seres. As diferenças encontram-se em todos os lados e são visíveis na vegetação, no mundo animal e nos humanos. Entre as diferenças, todos sujeitam-se, ou ao menos deveriam se sujeitar ao espaço do outro.

Nossa casa ambienta-se em uma conexão globalizada que deixa evidente tais diferenças para além do habitual que estamos acostumados a ver. Pouco importa se no simples ou complexo, se ela encontra-se no modo em como as pessoas se vestem, no comportamento, na instrução escolar, religião, ou em suas preferências sexuais. As diferenças decorrem da falta de igualdade. Somos iguais em parte, ao mesmo tempo que ninguém é igual. Entre estas o primordial é saber lidar com as diferenças. A intolerância é a não aceitação do outro, é o nivelar por cima, é a preponderância do instinto de superioridade sobre o outro, é querer que o outro seja a cópia de quem supõe ser a perfeição. O indivíduo que age desta forma atribui a si uma característica em que os demais deveriam segui-lo por entendê-la como sendo a mais correta dentro de seu arcabouço individual. É preciso muita cautela, o bom para o outro pode não ser o melhor para mim. É um nível que se aplica bem a um cálculo, a um objeto, mas não a comportamento humano. A palavra de ordem na convivência é o respeito. A harmonia se dá quando existe o entendimento e a prática na busca de igualdade de direitos e deveres, dentro dessa diversidade.

Cada ser tem o seu pensamento estruturado em diversas variantes. O importante é que o ódio morra antes do desconhecido prevalecendo à luz ante as trevas, e que, o conceito não se antecipe ao conhecimento. Em tese a confusão é gerada pelo desconhecimento, pela falta de confiança, pela dúvida, pelas palavras malproferidas, pela inveja, pelo preconceito. Há iguais e diferentes, iguais que convivem, diferentes que se amam. É pela singularidade de um e pela pluralidade de muitos que vamos crescendo. O sol é sempre sol, mas nem sempre dá o ar da graça em seu intenso calor, pois o tempo muda embora seja o mesmo. São caminhos a escolher, regras e verdades,  atos e escolhas. A essência nas relações humanas não se faz em um único tom.

Respeitar é uma prática de amor a si e ao outro. Nem sempre é uma tarefa fácil a prática, pois há pessoas extremamente difíceis de lidar, nada palatáveis. A aceitação a mudanças é um processo de abertura, é a ruptura entre o antes e o que se descortina. Toda aceitação deve ser submetida a uma avaliação das variantes, sua viabilidade. Quem respeita compreende o outro como sendo o outro, logo, acordar todas as manhãs com uma boa dose de bom humor, de paciência, de tolerância, de sinceridade, de perdão, de alegria, de empatia, de honestidade e amor no coração, não faz mal a ninguém. Comece se autorrespeitando, revendo seus conceitos. Um exercício com atitudes simples pode não mudar a sua vida, mas pode melhorar a de muitos. Não fique preso a busca por admiração e aplausos, apenas faça e deixe fluir o espetáculo antes que a cortina se feche, pois o verdadeiro aplauso está do outro lado onde nem ousamos imaginar. O barco ruma para o mesmo lugar, o fim.

 

Amarildo Clayton Godoi Brilhante é escritor e membro da Academia Araçatubense de Letras. 


06/01/2021

Feliz Ano Novo - Seja bem-vindo 2021!

 Veronica Shoffstall escreveu um poema lindíssimo em 1971, intitulado Depois de um Tempo e em um trecho ela diz: "plante o seu jardim e decore a sua alma, ao invés de esperar que lhe tragam flores."  Fechado o ciclo de 2020, mais um ciclo se inicia e que nos concede a oportunidade de conquistas, de desfrutar os prazeres da vida, de evoluirmos enquanto pessoa. Cada ciclo traz em seu bojo as dificuldades e barreiras a serem transpostas, ao mesmo tempo em que esse mesmo ciclo guarda as respostas e saídas, porém compete a nós encontrá-las. Que venha 2021, pois nascemos para evoluir e vencer! Que 2021 seja repleto de ventos bons, ventos de paz, de amor, de alegria, de conquistas, de união, de fartura. E em vez de esperar de modo simplista que as coisas aconteçam, aja pra que elas aconteçam, não espere que a história seja escrita por um acaso, escreva uma linda história você mesmo, você tem é possuidor dessa magia. E se por algum motivo o novo ciclo não quiser ser espetacular que criemos o nosso próprio espetáculo, pois o show não pode parar, a vida não para e temos em nossa essência o poder de criar e recriar, reinvente-se. Se o ciclo que se encerrou foram de batalhas, lembre-se elas são feitas para serem vencidas e que nossas decisões sejam acertadas a cada passo. E que a energia e luz do Criador renove nossa esperança, e que sejamos abastecidos com forças para prosseguir firme e forte. E que não nos falte saúde e fé. E que em 2021 não nos falte o abraço que acolhe, não nos falte o amor que desejamos, e que cada minuto, cada dia e cada mês seja bem vivido, e que não nos falte amigos, e que não nos falte a família, e que não nos falte sobretudo a proteção e as bênçãos de Deus. Eu te desejo um caloroso abraço fraternal e um feliz 2021 pra você e família! Que venha este novo ciclo, seja bem-vindo 2021!  

Amarildo Brilhante




O link abaixo redireciona você para assistir ao vídeo no Youtube, caso prefira.



Feliz Natal - 2020

 Fim de ano é sempre um momento que passamos as  nossas reflexões, fazemos um balanço e buscamos em meio aos erros, contornar os caminhos e traçar rumos que nos leve a voos mais altos.

Que nunca venhamos a perder a fé, e digo fé não só em quesito espiritual, mas essa certeza, essa determinação interior que nos move para mais longe e nos faz subir a cada dia, e a cada ano um novo degrau.

O Natal é um momento em que nossos olhos devam estar fixos, naquele que um dia manifestou o amor dele para conosco e sempre há de manifestar. Que nossas palmas sejam a ele Jesus Cristo, o verbo que se fez carne e esteve entre nós, nasceu em meio a pobreza e não ousou buscar admiração e nem glória, sobretudo manteve a humildade e cumpriu a missão com muito esmero. Parabéns, ao nosso aniversariante Jesus. 

Que possamos lembrar ainda que o amor é o combustível de nossas relações humanas, o que restaria da raça humana se este pouco amor que ainda existe entre nós nos fosse retirado. E se também o olhar divino de amor para conosco nos fosse retirado, não nos sobraria absolutamente nada. 

Que este espírito natalino, de amor, de paz, de solidariedade e de respeito se faça contínuo durante todo ano 2021.

Feliz natal para você e família ! Um forte e fraternal abraço de Amarildo Brilhante e em russo ISNOVÃN GODÃN - С Новым годом.




O link abaixo redireciona você para assistir ao vídeo no Youtube, caso prefira.

https://youtu.be/UdrZfSJ_yu8


17/12/2020

Livro de poesias - Amor Dom Maior



Agora você pode ler gratuitamente meu livro de poesias e fazer o download se quiser. Basta clicar no link abaixo (poesias livro Amor Dom Maior). Desejo uma boa leitura!



Poesias livro Amor Dom Maior 





12/12/2020

Literatura Moçambicana em Foco

    Se você é um curioso ou apaixonado por literatura não deixe de assistir no Youtube esta entrevista. Vai agregar conhecimento a tua vida. Basta clicar no link e você será direcionado a minha página no Youtube. 

https://www.youtube.com/watch?v=b2BAQ7khFP4&t=3316s


Abaixo seguem as perguntas ao entrevistado o professor doutor Elisio Vieira de Faria.


1.    Na literatura africana em Língua Portuguesa, para usar as palavras de Lúcio Manjate “há escritores que passaram um período e outros que redefiniram seu processo de criação.” O que representa a literatura moçambicana em seu processo inicial de formação, ainda debaixo do jugo dos colonizadores?  

2.    No caso dos escritores moçambicanos, você presencia algum escritor que na visão cultural dele, ele produz uma literatura que é resultante dum processo ideológico, onde a transformação é marcada pela vivência histórica nesse processo da colonização portuguesa

3.    A produção literária pode envolver vários aspectos, nem sempre ideológicos, mas um projeto estético, o tipo de linguagem, de personagem, de cenário, sobretudo as vozes poéticas podem acompanhar a prosa narrativa. Que olhar você tem em referência a linguagem, porque o mais apropriado é falar literaturas africanas de língua portuguesa.

4. Explica um pouquinho a quem nos houve o porquê a literatura moçambicana é chamada de recente como se deu esse processo libertário dos moçambicanos. Existiam escritores ávidos pela libertação e quem eram eles? 

5. Eduardo Said menciona que a cultura deriva de nossas experiências históricas, logo estamos moldando e sendo moldados. Diante disso, essa geração do século XX tem apresentado uma estética literária que já se distancia dos resquícios de colonização e pós-colonização? 

6. Na relação entre, língua e literatura, Brasil e Moçambique, você verifica certa aproximação, distanciamento e certa pluralidade nas literaturas africanas de língua portuguesa. Quais as suas impressões sobre isso? 

7. Depois da Lei Federal 10639/03 determinando que os conteúdos de história e cultura africana e afro-brasileira sejam abordadas nas escolas, quais são os ganhos que podemos esperar?

8. Em que momento se percebe um transporte identitário na literatura moçambicana?

29/10/2020

Sertão Urbanizado

 

Amarildo Clayton Godoi Brilhante

I – Roçais o nascimento

Das roças e capinzais,

Em meio aos matagais

a fumaça piruetando

vai cruzando

seu apito que apita,

Apita que apita

o apito soa na longa estrada

corre, corre bem o trem

assentado em seus trilhos

aos céus, a estrada é longa

Araçatuba vai formando

Fumaceando e apitando

aos longos e breves

dá-nos as costas

Fumaceia fumaceia

o progresso que nos traz



Aqui o sertão não virou mar

O Tietê está a nos banhar

Suas águas límpidas a jorrar

sem fundador pouco a pouco

Araçatuba esteve a se formar

a noroeste do Brasil



Deitam e cortam-se os capinzais

Lá nos idos do século XX

nasceu, nasceu e cresceu

vigorosa e elegante

no noroeste do Brasil

no entorno das linhas paralelas

foi lá na antiga ferrovia



Lá nos idos de sessenta

Dar voltas ao sul do país

nem pensar



Tião Maia visionário precursor

o maior frigorífico do país

veio a instalar

Deu início ao ciclo econômico



Entre terras, o concreto

Entres flores, o progresso

Entre as matas, o machado

e seus índios caindo ao lado



Não poderia deixar de falar

da praça central

até hoje no mesmo lugar

Lá pelos idos de 50

deu o que falar na praça

a Capital do boi Gordo

ali naquele lugar

seu preço taxado para o país

histórias e mais histórias

que o povo conta

deu o que falar

Referência até hoje

por marcar aquele lugar

tão antigo quanto a ferrovia

o português, em seu armazém

secos e molhados.



O Tietê logo ali,

banha, banha nossa cidade

Aqui não vestimos a pilcha

nem temos chiripá, nem bombacha

Aqui se tem o cupim casqueirado

prato típico neste lugar

Aos poucos as matas, nossos sertões

foi virando uma cidade boa de se morar

Sobre o denso tapete marrom

deitou-se a negra resina

aos quatros cantos

assim se fez na urbanização

Dando novos ares

ao antigo sertão

Lá se foi meu antigo sertão

quem dele tem saudade

que levante a mão



II – Dos males na terra

Lá nas terras a noroeste do Brasil

há os que não amam ninguém

tem ladrões e loucos que se disfarçam bem

Ainda se vê restim de árvores

rural e zona urbana tem

e que zona…

coexistem-se,

o progresso da urbana

alguém explica onde é que tá

A cidade é uma Caatinga

Prudente, Bauru e Rio Preto

alargaram os passos

Cá nesta cidade as lágrimas correm

sanguessugas roubam sem dó

Esterilizem, esterilizem,

vermes e vírus estão a contaminar

na cidade dos horrores nem beleza há



A cidade se liga o sertanejo

não queremos, carregamos

as caatingas não param

é polícia federal enquadrando

o poderoso chefão nas Casas



Os lençóis em terras vermelhas

vestem em ternos pretos

o caipira descaipirou-se,

é a tecnologia informando.

Todos os dias bons e maus

brindam-se com a morte

encontram em seus leitos o pó.

Não há nada que saneie

o coração dos bárbaros

a não ser a morte.

Aos viventes na urbe

sobem a cabeça o orgulho

os de cá não são como os de lá

Somos melhores, arrotam no peito

perdem-se em seus desamores,

orgulhos e julgamentos

as Caatingas se espalham

sangram a pele do trabalhador

e nas Câmaras e Palácio folgam em risos

em suas vultosas regalias

A infecção dos poderosos alastram

Não há cura, a não ser a morte.



III – Sertão republicanizado



De ponta a ponta

duma extremidade a outra

ao sertão republicanizam

as cidades superpovoam-se

e pouco a pouco vão ligando

como se ligam as linhas

de norte a sul, tornam-se una.

Ideologias, sistemas e regimes...

os espaços geográficos do campo

ganham contornos de desenvolvimento

os espaços geográficos da gélida selva de pedra

geram desenvolvimentos, torram as mentes,

arruínam os corações, põem uns contra os outros

neste mundo onde todos somos irmãos

é a agricultura lá, é agricultura cá

se avança com pecuária, silvicultura, extrativismo,

não se pode esquecer da conservação ambiental

o turismo está cá e lá

gera que geram

tirem seus chapéus

juntos e misturados

um não vive sem o outro

são as comunidades urbe e rural

passando pelo processo de transformação

instigado pela industrialização

Ambas perdidas em suas densidades demográficas

Suas infraestruturas nem sempre a contento

O que seria da cidade

se não existissem os campos

Se numa tem indústrias, hospitais e comércios

noutra tem o pão, leite e carne.

São produtos e serviços

lá e cá, cá e lá

Cansados um e outro

os de cá vão pra lá e os de lá vem pra cá

são os fenômenos do êxodo

atraídos pelas ofertas de trabalho

os centros incham-se

uns querem a paz,

outros a novidade de vida

desordenam-se as populações,

favelizam-se,

violentam-se



Peixes grandes engolem os pequenos

contracenam-se as paisagens

natural e humanizada

Suas infraestruturas,

sítios, chácaras e fazendas,

casas e prédios

Corre corre aos centros urbanos

extra, extra, extra

ofertas de emprego

máquinas incessantes

intensos processos

urbanizam-se as áreas não urbanizadas

ao povoamento disperso

ganham-se aglomeramentos

sufocam-se, concentram-se

extrativismo dos couros arrancados

ao sabor de míseros tostões



Os de cá vão pra lá e os de lá vem pra cá

ambos se distraem cada um a seu modo

Ferem a terra, preparam-se os campos,

colhem e vendem



Ferem a alma, cansam e matam o corpo

lutam na manutenção física e mental

e se põe ao cinema, diversão, parque e televisão

Os de lá pescam, andam a cavalo,

banham se nos rios,

bailam e vão a rodeios

Nas convergências da vida

Ambos se distraem, interdependem,

conversam.



Tem bicho aqui, tem bicho acolá

Tem planta aqui muito mais que acolá

Há que sobreviva aqui, há quem sobreviva acolá



Se o Estado que a tudo governa

não vai bem é por causa dos aleijões

e sanguessugas politiqueiros.

Se cria, se sobrevive aqui e acolá

Se tem bicho do pé aqui também tem acolá

Tem atrofiado catinguento aqui e acolá

São imaginosos e tem muitas formas os enganadores

encantos mil possuem,

estilosos na arte de hipnotizar.



As serras não param nem aqui nem acolá

depressa põem-se de pé aos sinos tanto

os daqui como os de lá

Aos amores daqui

não sei se o fazem os de lá

Meu coração não se acalma

na loucura de ainda amar

e de nesta cidade morar.

12/07/2020

Infindáveis estrelas

Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Nasci olhando pras estrelas
Cresci olhando pros céus
Flutuei nas nuvens ontem e hoje
Meu universo sem fim
Não sou comandante dos astros,
mas estribo-me neles
fonte de direção que me é
Nos lugares sombrios o brilho dos astros são meu único guia
As estrelas são luminárias nos céus
Os planetas são a prova da grandeza de Deus e não do acaso
Assim como o homem não respira ao acaso
Assim são os astros que formam a belezura num espaço longínquo
Cada um dentro do seu quadrante
Suas formas, peculiaridades fazem surgem os navegantes,
Aos apaixonados basta o olhar, uma luneta e muita paixão
para neles viajar sem nem precisar sair do lugar
Uma mente imaginativa, um coração quente,
um pouco de conhecimento aqui e outro acolá.
A cada dia pedacinhos da grandeza celestial nos é revelada.
A cada revelação um sorriso, frutos colhidos.
Muitas vezes a prova não notada.

Uma construção de adeptos
somam-se neste vasto universo
Comemoremos! Brava gente brasileira!
A terra é redonda, os astros brilham.

Das conquistas, ainda apenas uma gotícula
de um universo a desbravar.
Morreremos e não há de findar.
As luzes das luminárias celestes hão de findar?
Que de nossos olhos nunca cessem o brilhar...

Amarildo Brilhante, é  escritor,  palestrante e professor. Formado em Direito, Letras, Pedagogia, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  
E-mail para contato:  amarildo.brilhante@fatec.sp.gov.br
Facebook: Amarildo Brilhante Brilhante

                Esta publicação pode ser citada ou reproduzida livremente, com a condição de que a sua procedência e autor  seja mencionada .

Confissões


 Amarildo Clayton Godoi Brilhante
Teu olhar, teu sorriso, tuas doces palavras
Tudo me envolve numa atmosfera
Não saberia explicar,
apenas posso sentir.
Este teu jeitinho meigo enfeitiçou-me
Este teu brilho no olhar me aprisiona
Que as infinitas bênçãos do céu
Sejam em todo tempo superabundante sobre ti,
Você, mulher! É revestida de magia,
Há em ti um brilho especial
Aprendi que nem todos
são capazes de sentir o amor
na mesma intensidade,
mas que podemos aproveitar intensamente
em todo tempo os melhores momentos
como se não houvesse amanhã
Não importa o tempo
e sim a duração
entre a vida e morte.
Como vivemos,
Como fazemos,
Como sentimos,
Como aproveitamos.

Diferente de tudo já vivido,
Intensa, cheia de química,
Cheia de frenesi.
As loucuras que fizemos,
cravam-se na história da memória.
Onde havia o vazio preencheu-se de graça,
Humor, muitos risos, e uma leveza indescritível
Um fogo que mexe instantaneamente
Dominador e inexplicável.

Curtir, sentir a todo instante
É a tônica que rege nosso sentimento de afeto
Só quem ama sabe reconhecer,
só quem sabe aproveitar, sabe viver
A vividez dos pequenos, porém intensos momentos.
Que doçura, que magia.
Olhar você é sentir a poesia
Escrita pelo dedo de Deus.

Quantos diálogos amorosos travamos...
Seduzindo e seduzidos em nossas intimidades
As trocas de conhecimento e experiências
Teu valor, tua dedicação, inestimável.
Respeitar e dedicar-se
Foram as tuas palavras de ordem
Que onde quer que estejamos
o que sentimos nunca se apague.
Que seja inesquecível!
Que a felicidade e alegria
se façam presente em nossos corações,
como outrora.
Aprendemos a colorir a vida.
Abraços, beijos, momentos indescritíveis.
Palavras podem ser fortes,
mas o que dizer dos sentimentos
e lembranças gravadas em nós?
Você encontrou espaço no meu coração
Não tendo o meu corpo, possui a minha alma.
Essa imprevisibilidade de nossos destinos...
O que importa,
senão a intensidade bem vivida
de energia de vida presa em nós.
Que seja puro, intenso.
E se algo tiver que permanecer
Que sejam as marcas das boas lembranças.
Este sentimento transparente, tal qual a água cristalina,
Você é uma estrela descida do céu
Que soube abrilhantar a minha vida
Ainda que por um breve momento.

Amarildo Brilhante, é  escritor,  palestrante e professor. Formado em Direito, Letras, Pedagogia, Técnico em Informática, Técnico em Contabilidade.  
E-mail para contato:  amarildo.brilhante@fatec.sp.gov.br
Facebook: Amarildo Brilhante Brilhante

Esta publicação pode ser citada ou reproduzida livremente, com a condição de que a sua procedência e autor  seja mencionada .